O Sangue na Cena do Crime

No campo da segurança pública, uma das funções mais instigantes é exercida pelos chamados “policiais científicos”, aqueles que atuam na produção de provas técnicas para a absolvição ou condenação dos suspeitos. Para isso, cada estado tem seu Departamento de Polícia Téncnica (DPT), ligado ou não à polícia civil – a autonomia é uma reivindicação antiga dos DPT’s que ainda são um braço da Polícia Civil. O trabalho dos peritos causam curiosidade às pessoas, que sempre se perguntam como este ou aquele detalhe de um crime foi elucidado.

Um conhecimento simples, mas muito útil, se refere ao estudo das manchas de sangue presentes no local do crime. Vejam abaixo a declaração de uma perita, quando estudava o caso da morte da garota Isabela Nardoni:

 

- O que me chamou mais atenção foram as manchas de sangue da soleira da porta – disse a perita.

O sangue na soleira ajudou os peritos a concluírem que a menina foi machucada antes da chegada ao apartamento.

Rosângela explicou que os peritos calcularam de que altura o sangue caiu no chão e concluíram que Isabella tinha sido carregada no colo.

- Como a mancha foi projetada em baixa velocidade, a uma altura igual ou superior a 1h25m, a vitima teria de ser carregada. Se ela tivesse entrado caminhando, a mancha não seria projetada nem a 1h15m, porque o ferimento não era no topo da cabeça e ela não poderia estar com a cabeça ereta – explicou a perita, que está sendo interrogada ainda pela acusação.

Ora… Como a perita consegue descobrir, através duma mancha de sangue no chão, qual a altura que estava a menina que sangrava? O infográfico abaixo mostra os padrões observados para manchas de sangue em relação à altura e à inclinação da gota de sangue em relação à superfície manchada:

Está explicada mais uma fasceta do trabalho da polícia científica…

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