Ameaça de confronto Policiais civis e Militares RN
A manifestação dos policiais civis do estado, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (19), na Governadoria, teve momentos de tensão. Em greve desde o início da semana, os policiais civis queriam chamar a atenção da governadora Rosalba Ciarlini e pedir que o Executivo sentasse à mesa de negociação com a categoria. No entanto, a possibilidade de que a Polícia Militar fosse acionada para retirar os manifestantes do local fez com que a presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado (Sinpol), Vilma Marinho, informasse que os civis também estavam armados e iriam resistir.
Ressaltando que os policiais civis tentam desde abril uma reunião com Rosalba Ciarlini para discutir a implantação do plano de cargos, Renata Pimenta garantiu que a manifestação tinha a única intenção de chamar a atenção da governadora, assim como tentaram em frente ao Tribunal de Justiça, na tarde da quarta-feira (18). O protesto era pacífico e, por isso, a sindicalista disse que os policiais civis não poderiam ser retirados do local, que é público.
"Vivemos em um país democrático e podemos fazer uma manifestação pacífica.Mas chamar a tropa de Choque para retirar os policiais? Se o Governo mandasse utilizar a força, nós iríamos utilizar também. Nós não somos inimigos da PM, somos irmãos. Somos inimigos dos bandidos, e na manifestação não havia bandidos. Havia policiais", explicou.
Ainda segundo Renata Pimenta, caso os policiais civis fossem agredidos, eles teriam o direito legal de reagir. "Foi colocado em votação se todos queriam permanecer no local, e todos disseram que sim. Por isso decidimos permanecer", disse Renata Pimenta.
A manifestação dos policiais civis transcorreu normalmente e não houve ação por parte dos policiais militares para retirar os manifestantes do Centro Administrativo.
Na manhã da sexta-feira (20), a diretoria do Sinpol vai conceder uma entrevista coletiva para expor a avaliação do movimento grevista e explicar a atual situação da categoria.