Pão e circo

Na Roma antiga, os poderosos criaram a política do "pão e circo" para conter protestos e rebeliões por causa do crescimento das cidades. Em troca de alimentação e diversão, o imperador de plantão conquistava alguma paz.

Hoje em dia, a política do "pão e circo" sofisticou-se. Ela ganhou as telas das TVs e das mídias eletrônicas em geral. Os poderosos de plantão também oferecem alimentação - Bolsa Família - e diversão - escândalos e mais escândalos nos parlamentos e palácios - para evitar que a população trate de assuntos sérios e se revolte contra a falta de saúde, educação, segurança e transporte público.

O PR - Partido da República - em São Paulo foi mais além. Pegou um palhaço profissional para puxar votos e eleger uma boa bancada. Não deu outra. O cearense Tiririca - pior do que está, não fica - foi o campeão de votos em todo o país.

Tiririca sem a roupa de palhaço fica um pouco sem graça, mas será motivo de muitas cenas hilárias na capital federal.

Há quem compare o nosso Paulo Wagner, deputado federal eleito pelo Partido Verde, ao Tiririca. E ele não deve ficar com raiva disso porque foi ao lado de um palhaço profissional - o Espanta Jesus - que Paulo, um homem extremamente engraçado, ganhou as massas em esquetes para um anunciante de material de construção. Isso sem falar na irreverência de Paulo Wagner nos programas policiais que apresenta.

Paulo Wagner é hilário. Muito engraçado. Não dá para segurar o riso diante das palhaçadas dele.

Agora Paulo Wagner é deputado federal eleito. A votação não foi lá o esperado, mas conseguiu se eleger. Ele já surgiu na política local como um dos vereadores mais votados em Natal. Se não me engano, ele foi campeão de votos.

E faça-se justiça: ele foi um dos vereadores mais assíduos da legislatura passada em Natal e, diferentemente da TV, tratou o ofício de vereador com discrição e seriedade.

É a postura que promete ter em Brasília a partir de fevereiro. Não há por quê duvidar.

Mas o problema é que a imagem de Paulo Wagner está muito atrelada ao humor popular, às vezes grosseiro. E dessa forma será mais cobrado do que qualquer um outro político da nossa bancada. E já há sinais disso.

Ontem, eu postei aqui no blogue do Diógenes a informação que Rosy Sousa, irmã de Micarla, aposta que vai assumir o mandato de deputado federal ainda este ano na vaga que será aberta por Paulo Wagner num entendimento político com a prefeita Micarla de Sousa - o que é uma expectativa real e discutida intramuros, mas negada por Paulo Wagner de público.

Eu fiquei impressionado com a reação de algumas pessoas que observam a cena política e fizeram comentários sobre o post que liberei. Vale destacar algumas:

- Paulo wagner será um verdadeiro palhaço de primeira linha se confirma essa atitude, para se beneficiar financeiramente, é como diz Boris casoy : ISTO É UMA VERGONHA!

- ISSO EU JÁ SABIA, COMO PODE O POVO BURRO ELEGER UM REPORTER SANGUINÁRIO?

- Dos vassalos da prefeita Micarla pode-se esperar tudo, inclusive uma acao desse tipo! Mas se Paulo Wagner se "prostituir" desta maneira, se tornara o palhaco mais sem graca do mundo, além de se "queimar" politicamente.

- É o pão e circo minha gente!!!

- safadeza isso sim! cara de pau!

- Palhaçada! - resumiu outro.

Só Paulo Wagner poderá responder aos que duvidam da sua capacidade de separar o seu desempenho na TV - marcado pelo humor e pelas reportagens policiais - da função de representante do povo na Câmara dos Deputados. Mandato este outorgado de forma legítima pela população segundo a lei eleitoral vigente.

Cabe a Paulo Wagner tratar o mandato outorgado pelo povo com seriedade e compostura. E sendo assim, o futuro deputado poderá queimar a língua de muita gente que só lhe vê como o palhaço que ele adora ser. BOM DIA MEU POVO!

 

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