FUZIL IMBEL IA-2

A se confirmarem as notícias de que este será o novo fuzil-padrão das tropas brasileiras, significa um tremendo avanço para nossa Força Terrestre. De fato, para quem conhece o Exército Brasileiro esta é uma data histórica. Significa que estamos avançando, apesar de tudo. O Blog do Vader desde já parabeniza a IMBEL e o Exército Brasileiro (CTEX e IME em especial).

O novo fuzil é especialmente importante para a Infantaria. O velho FAL é uma tremenda de uma arma, confiável, robusta e poderosa, mas não acompanhou as evoluções das últimas décadas.

Os fuzis modernos possuem algumas características diferenciadas, que fazem uma tremenda falta na nossa arma-padrão. Dentre elas podemos destacar:

- Trilhos Picatinny para a fixação de miras, lança-granadas e demais acessórios;

- composição em materiais plásticos/polímeros, o que reduz significativamente o peso do armamento;

- trancamento por ferrolho rotativo, o que tende a aumentar a velocidade de tiro e precisão da arma;

- ajustes de coronha para maior ergonomia do atirador;

- modularidade de suas partes principais, para uma facilitação da manutenção em campo de batalha;

- ambidestralidade (arma pode ser usada igulamente tanto por destros quanto por canhotos);

- regime de tiro "burst" (três tiros), o que permite economia de munição e proporciona aumento do "stopping power" (poder de parada) da arma.

 
 
 
 Algumas conclusões:
 
 
IA2 762:
 
 
1. É claramente uma grande evolução do PARAFAL, com troca de partes metálicas por partes em polímero, troca da tampa da caixa da culatra por uma com trilho Picatinny, etc.
 
 
2. Muito possivelmente o conjunto-ferrolho é rigorosamente o mesmo do M964 (não tem portanto ferrolho rotativo).
 
 
3. Desagrada particularmente o conjunto alça/maça igualzinho ao do velho FAL, bem como os zarelhos rotativos (também idênticos).
 
 
4. Curiosamente o modelo não mantém um avanço que foi feito no IA2 556, que é o "Picatinny Trail" em todo o comprimento da arma (até a retaguarda).
 
 
5. Considerando as partes em polímero, o peso deve ter diminuído consideravelmente, o que decerto permitirá seu uso ou como fuzil-metralhador (apoio de fogo tenso do Grupo de Combate), ou em determinadas condições em que é necessário à tropa um "stopping power" maior (mata fechada, selva, etc.).
 
 
6. Faz bem o EB em manter o poderoso calibre 7,62 NATO; mas a IMBEL poderia ter dado alguns passos além, mantendo no modelo algumas das modificações introduzidas no 556 (possivelmente não foram mantidas no 762 para que se possa fazer a conversão de velhos FAL e PARAFAL no novo modelo).
 
 
IA2 556:
 
 
1. Bela arma, belo desenho, simples, moderno, aparentemente robusto e funcional. Suas linhas gerais lembram um pouco o SCAR Light da FN americana, que é muito possivelmente a arma mais avançada da atualidade.
 
 
2. O detalhe que mais chama a atenção além da coronha (rebatível e regulável) são seus trilhos Picatinny em toda a extensão do cano. Um enorme avanço do FAL, que simplesmente não possuia tal recurso.
 
 
3. Consta que o IA2 556 foi submetido a exaustivos testes na Restinga da Marambaia no Rio de Janeiro, nos quais teria sido aprovado com louvor. Tais testes teriam se dado por exigência do EB, após inúmeros problemas relatados com o IMBEL MD97.
 
 
4. Aguardamos maiores detalhes das características operacionais, mas podemos estar vendo o nascimento do novo fuzil-padrão do infante brasileiro.
 
Atualização (15:40): um detalhe interessante que tem chamado a atenção de todos é o tamanho do "Picatinny Trail" na parte inferior do cano, o que segundo alguns poderia inviabilizar o acoplamento de um lançador de granadas. Ponto importante a ser esclarecido.

 

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