PAPINHA PARA A POLICIA MILITAR

 

Equiparação sem data definida

 

Encontro da governadora Rosalba Ciarlini com policiais e bombeiros ocorreu ontem, no Comando da PM

 

A governadora do Estado do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini Rosado, frustrou a expectativa dos policiais e bombeiros militares que aguardavam propostas concretas para as questões salariais das categorias. A vontade de equiparar o pagamento dos militares com os demais servidores da segurança pública foi confirmada, mas não organizada e programada. Rosalba reforçou a importância da conquista futura, mas não atendeu aos anseios da classe que aguardavam por novidades na negociação.

 

O encontro da chefe do Executivo ocorreu durante a manhã de ontem no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, onde era comemorado o Dia do Soldado. Ela ressaltou a valorização do profissional, mas esclareceu que é preciso planejamento. "Não posso prometer algo hoje que eu não possa cumprir amanhã. Não foi assim que eu construi minha carreira política", disse.


 

A governadora declarou que serão elaborados levantamento de impacto no orçamento do Estado, assim como cronograma de implantação dos subsídios salariais. "Pretendemos nos próximos anos, 2012, 13 e 14, estabelecer um cronograma em parceria com as associações da PM e do Corpo de Bombeiros, de forma que sejam dados os percentuais de aumento - até que se chegue ao final do governo com o equilíbrio", disse o secretário de Estado da Segurança Pública, Aldair da Rocha.


 

A reivindicação de policiais militares e bombeiros era para que os salários se equiparassem com o que é pago hoje para os servidores da Polícia Civil. A proposta é que um coronel PM recebe o mesmo que recebe um delegado especial - ambos postos máximos das instituições. Atualmente, um coronel PM não chega a receber R$ 10 mil. Enquanto, os delegados chegam a ganhar mais de R$ 17 mil. O equilíbrio nas patentes dos oficiais iria refletir nos salários dos praças, que receberiam 20% do que ganha um coronel.


 

Para o cabo Jeoás Santos, presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM/RN, a equiparação precisa ocorrer. "Hoje, o PM tem a pior remuneração da segurança pública", disse. Para ele , é importante que a categoria saiba interpretar as palavras da governadora. "Não queremos fazer nenhuma mobilização de protesto. Queremos continuar o diálogo e fortalecer o canal. Queremos prazos e valores para 2012. Saímos daqui hoje sem isso".


 

"Pelo Brasil todo está sendo feito um trabalho de equilíbrio de remuneração, que colocamos um nome de 'subsídio'", informou o secretário Aldair da Rocha.


 

O comandante-geral da PM/RN, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, disse satisfeito com o que viu. Para ele, a proposta de criação de um cronograma para o pagamentos nos anos futuros era o que a Corporação queria. "Não havia a expectativa de que a governadora assinasse um papel e hoje mesmo alterasse os salários dos militares. Não é assim que acontece".


 

Reuniões devem ser programadas com o Gabinete Civil e as associações para estabelecimento de cronogramas e aprovação do projeto que altera o pagamento dos militares.


 

Policiais civis são enviados em missão
 

Enquanto os vinte agentes não concretizam a transferência de Natal para Mossoró, a Secretaria de Estado da Segurança Pública esclarece que estão ocorrendo "missões". O objetivo é suprir o quadro da Policia Civil que foi bastante afetado no interior do Estado em virtude da saída dos policiais militares das delegacias.


 

"Os agentes da Polícia Civil estiveram em greve e uma das reivindicações era, de forma que considero correta, a retirada dos policiais militares que exerciam funções de policiais civis. Isso foi agravado no interior do Estado. Estamos deslocando agentes da Polícia Civil da capital para aquela localidade", informou Aldair da Rocha.


 

É o secretário que esclarece as missões. "O delegado-geral já publicou portaria e os agentes têm trinta dias para se apresentar. Durante esse tempo, logicamente não podemos ficar descobertos, estão sendo enviados policiais em missão. Equipes se revezam até a concretização da remoção dos Pms do quadro".


 

Aldair conta que não há prejuízo na capital em virtude da transferência. Segundo ele, os vinte agentes transferidos para suprir a deficiência no interior já se apresentavam como "superavit" do quadro em virtude do fechamento noturno das delegacias. O secretário voltou a tocar no ponto da nomeação dos policiais civis aprovados no concurso no ano de 2009. Foram 509 agentes, escrivães e delegados que aguardam apenas a nomeação para irem às ruas. "Consideramos uma quantidade razoável, mas ainda não é o ideal. Imagino, talvez, que precise muito mais do que isso. A nomeação é interesse da secretaria".

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